Menos de 10% da população mundial demonstrou ter desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus. Foi o que afirmou, nesta terça-feira (18), a líder técnica do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove. As informações são da coluna Bem Estar, do G1.
De acordo com ela, o número varia, a depender da população que está sendo estudada. Entre profissionais de saúde ou lugares com alta circulação do vírus, essa taxa pode chegar a 20% ou 25%. “Isso significa que uma grande parte da população permanece suscetível”, afirmou van Kerkhove.
Ao lado do secretário de Emergências da OMS, Michael Ryan, a líder técnica afirmou que não dá para saber por quanto tempo pessoas que já foram infectadas pelo novo coronavírus ficam imunes à doença. Nesta terça-feira (18), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos (EUA), emitiu uma nota avisando que o período de imunidade não é de três meses (lembre aqui).
“Ainda há muito para ser discutido entre os cientistas, mas agora, enquanto planeta, não estamos nem um pouco perto dos níveis de imunidade necessários para parar de transmitir essa doença”, reforçou Ryan.
Outro ponto abordado na entrevista coletiva foi a vacina. O asessor sênior do diretor-geral da OMS, Bruce Aylward, ressaltou que o imunizante, caso venha a ser aprovado, pode não garantir proteção em todos que o receberem.
“Estamos lidando com um vírus respiratório, então precisamos de uma imunidade de rebanho muito alta. Se nós chegarmos a 50% de taxa de imunização, chegamos lá? Não. Não podemos confundir a cobertura de vacinação com a proporção da população que está imune. Porque a vacina pode funcionar em 80%, 50%, 60% das pessoas”, disse Aylward.
Fonte: Bahia Notícias