Diferente do que estávamos acostumados a ver todos os anos, em 2020 o tradicional desfile cívico-militar em comemoração ao 7 de Setembro não irá acontecer por conta da pandemia do novo coronavírus. Este é o 198º aniversário da Proclamação da Independência do Brasil.O evento é responsável por atrair centenas de famílias para ver as tropas desfilarem da Praça 2 de Julho, no Campo Grande, passando por toda extensão da Avenida Sete de Setembro, tendo como parada final a Praça Castro Alves. O desfile é organizado pela 6ª Região Militar com o apoio do Estado, município, Marinha, Aeronáutica, instituições de ensino e entidades civis.Todos os anos a celebração é iniciada com o hasteamento das bandeiras de Salvador, Bahia e Brasil. O prefeito de Salvador, ACM Neto, e o governador do Estado, Rui Costa, marcam presença na cerimônia, assim como diversas outras autoridades políticas e militares. Como já estava sendo cogitado, nesta segunda-feira (7) não veremos nas ruas da capital baiana o verde e amarelo das bandeiras e adereços, assim como os cerca de quatro mil militares que participam do evento. A solenidade vai acontecer de forma restrita às 8h, no Quartel-General do Exército, localizado no bairro da Mouraria. Na ocasião será feita a leitura de uma mensagem alusiva à data.Portaria do governo federalNo dia 7 de agosto o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, já havia publicado no Diário Oficial da União (DOU) a portaria de nº 2.261 orientando a suspensão de quaisquer eventos comemorativos ao 7 de Setembro. Segundo o documento, não seria “recomendável pelas autoridades sanitárias a promoção de eventos que possam gerar aglomerações de público, devido ao risco de contaminação”.”De acordo com as coordenações realizadas com a Presidência da República, determino aos Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira que orientem suas respectivas Forças para se absterem de participar de quaisquer eventos comemorativos alusivos ao supracitado evento como desfiles, paradas, demonstrações ou outras que possam causar concentração de pessoas”, disse o ministro.O BNews procurou a 6ª Região Militar para saber se esta é a primeira vez na história que o desfile deixa de acontecer nas ruas de Salvador e quais os cuidados adotados pela corporação para garantir o distanciamento social entre os militares durante a celebração, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno.Reconhecimento da sociedadeO Soldado Marinho está no Esquadrão Águia da Polícia Militar há cinco anos, mas já acumula sete desfiles na sua carreira, três deles da época em que servia na Aeronáutica e quatro pela PM. Em conversa com a reportagem, ele descreveu a emoção de participar do desfile cívico-militar. “Pra mim é um momento bem gratificante. Apesar de o treinamento começar em média 45 dias antes do desfile, a gente se empenha para sair tudo perfeito. Aquele é um momento raro, ali a gente tem o reconhecimento da sociedade demostrado de forma calorosa, com palmas, gritos, ali somos chamados de heróis”, descreveu.Ainda de acordo com Marinho, o Esquadrão Águia costuma receber mensagens de agradecimento pelas redes sociais, mas o contato com o público nas ruas do Centro da cidade é diferente. “A gente vai sentir falta porque é um momento único”, lamentou.
Fonte: Bahia Notícias