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“Penso em política educacional que possa derrubar muros e construir pontes”, diz Olivia Santana

Na semana em que comemora um ano no ar, o programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM, dá continuidade à série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Salvador. Nesta quarta-feira, 16, Olívia Santana (PCdoB) foi a convidada e, entre outras coisas, prometeu prioridade à população das comunidades da periferia, caso seja eleita.

“Isso é o que me move: esta sensibilidade ao sofrimento das pessoas mais pobres, da população negra e dos brancos pobres. Claro que eu vou olhar para todas as pessoas, mas é preciso entender a vida dramática que essas pessoas têm nos bairros populares de Salvador. Um acúmulo de carência, uma determinação de resistência e inventividade”, afirmou.

De acordo com Olívia Santana, seus projetos, enquanto prefeita, serão requalificar esses ambientes estigmatizados pela violência e qualificar os moradores. “Tenho uma política municipal de urbanização das favelas, que são a maioria da população. Eu sei o que foi sair de Ondina, eu, minha mãe e irmã, sair do barraco precário e ir para um terreno sem habitação, sem luz, sem água. Então, tenho compromisso com esta pauta de reestruturação e com a oportunidade educacional da juventude da periferia”.

Segundo a candidata, 450 mil pessoas destas regiões mal concluíram o Ensino Fundamental. “Não podemos simplesmente seguir adiante e deixar estas pessoas para trás. Vivemos a era da tecnologia e da inteligência artificial, e essas pessoas estão cada vez mais excluídas”, analisou.

Efeito pandemia

Uma das preocupações da postulante à vaga na prefeitura será a nova realidade econômica, com maior número de pessoas na fila do desemprego e baixa arrecadação. O que fazer para solucionar esta equação?

“O mais importante é investir em geração de renda e emprego para a população. Vamos implantar o programa de microcrédito com a Desenbahia (Agência de Fomento da Bahia), estabelecer carteira municipal de microcrédito para injetar recursos, promover a atualização da mão de obra e qualificação profissional. Vamos fazer articulações da economia solidária, que é a pauta desta pandemia. Acredito em experiências de investimentos públicos a partir do fortalecimento de iniciativas populares”, pontuou. A candidata pelo PCdoB citou como exemplo de iniciativas populares o Pólo Têxtil na região da Cidade Baixa, que “deu muito certo, emprega 700 pessoas e abriga 22 fábricas”.

Educação

Tema recorrente nas pautas de campanha, a educação vive um momento de transição nesta pandemia, com o chamado ensino híbrido, cuja proposta é aliar as atividades remotas e presenciais.

“A educação pública vai precisar de um olhar muito especial. Vamos ter que ter a retomada da educação com os semestres suplementares, considerando este período em que ficamos sem aulas, universalizar o acesso à tecnologia para que a gente possa contar com o ensino remoto na rede municipal. É a democratização da tecnologia a serviço do desenvolvimento das pessoas. Precisamos atualizar nossas escolas para que elas acompanhem as grandes transformações do século XXI. Quero oferecer a Salvador a melhor educação possível e dar conta de uma regionalização de implantação de creches”, afirmou.

Segundo Olívia, é preciso ter boas creches públicas e de qualidade em localidades como Subúrbio, Miolo, Cajazeiras e Valéria, áreas consideradas mais precárias da cidade. “Penso em política educacional que possa derrubar muros e construir pontes”, pontuou.

Saúde

Um dos três pilares dos projetos de campanha, a saúde não poderia deixar de ser assunto durante a entrevista. Entre as propostas, Olívia Santana pretende fazer uma cobertura mais ampla da atenção básica à saúde e preencher o vazio de atendimento nos bairros populares.

“Não é possível que as pessoas que vão ao posto de saúde e não encontrem um médico para ser atendido. Quero criar um sistema de marcação de consulta com especialista, para que a pessoa saia do posto com consulta agendada. 72% da população utilizam o SUS. Com a pandemia e o desemprego esta demanda vai aumentar ainda mais. Não posso ter 80% da população procurando a saúde pública e só ter cobertura para 50%”, bradou.

A candidata finalizou a entrevista dizendo que seu partido está unificado: “Conto com o apoio da deputada Alice Portugal e Daniel Almeida, que estão envolvidos neste projeto. Não existe resistência do PCdoB ao meu nome. Muito pelo contrário. Máquina e estrutura não são tudo. Projeto, sonhos e propósitos são muito mais importantes e a população vai entender”.

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–> Fonte: A Tarde

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Fonte: Bahia Notícias