Após o secretário de Saúde Léo Prates afirmar que no momento não há preocupação com o aumento das internações pediátricas, o prefeito ACM Neto seguiu a mesma linha e afastou o risco de lotação dos leitos destinados ao atendimento infantil.
O líder do Executivo, no entanto, atribuiu o aumento de casos com o “relaxamento” das famílias, principalmente aos fins de semana, quando levam as crianças para brincar em praças e parques, muitas vezes sem a máscara de proteção.
Segundo o democrata, este comportamento “reforça a prudência” com a discussão sobre o retorno das aulas. Apesar de normalmente não integrarem os grupos de risco, as crianças como destaca o prefeito de Salvador, são “vetores de transmissão” da Covid-19.
“Chamo a atenção dos pais, principalmente em relação aos finais de semana. A gente chega em uma praça e ver o pai com máscara e a criança sem. Em muitos casos, os pais não têm consciência do risco que as crianças correm. Isso reforça a prudência que devemos ter em relação a volta às aulas. Estamos vendo que a situação é de gravidade. Crianças são vetores de transmissão. Às vezes, não se agrava, mas tem o avô ou outro parente e transmite”, declarou Neto durante coletiva de imprensa na entrega de uma cobertura de geomanta no Dique do Tororó.
O prefeito garante que não faltará vaga para crianças, mas que o “controle” da pandemia do novo coronavírus na capital não pode ser feito mediante o “aumento” no número de leitos clínicos. Neto reiterou que o recente aumento de casos entre os menores têm relação direta com a postura dos seus familiares.
” [O aumento] Tem relação direta com relaxamento das famílias nos finais de semana. Não teremos colapso para atender crianças, temos plano de contingência, mas esse controle não pode se dar apenas pelo aumento da oferta de leitos. Crianças têm postura que é reflexo das famílias. O apelo fica para os pais e responsáveis”, resumiu.
A possibilidade de uma “segunda onda” de contaminação, diz o prefeito, seria “devastadora”. Por isso, não reluta em tomar decisões impopulares como decidir pelo fechamento das praias e pelo não retorno das aulas na rede pública municipal.
“Segunda onda seria dramática para todos. Tenho alertado sobre isso desde o início da primeira fase de retomada. Prefeito toma porrada porque praias estão fechadas nos finais de semana, porque não tem aulas, etc, mas eu prefiro apanhar. Não desejo fechar tudo de novo, mas se for necessário será feito”, concluiu.
Fonte: Bahia Notícias