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Lula pega Trump de surpresa ao tocar em assunto sensível durante encontro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu o mandatário dos EUA, Donald Trump, e sua equipe durante a reunião em Kuala Lumpur, na Malásia, no último fim de semana. 

De acordo com a jornalista Janaína Figueiredo de O Globo, o petista falou sobre a tensão atual no Caribe e defendeu uma saída “política e diplomática” com a Venezuela de Nicolás Maduro. A Casa Branca, afirmaram fontes oficiais, “foi pega de surpresa”.

Segundo a publicação, os americanos não esperavam que Lula puxasse o assunto Venezuela, tema do qual o próprio Trump desviou antes do início da conversa, ao dizer que o Brasil não estava envolvido nessa questão. 

Preocupado, o Brasil monitora de perto a situação no Caribe. No documento que Lula entregou a Trump, está a posição do governo brasileiro e sua proposta de atuar como facilitador, sempre e quando os dois lados estiverem de acordo. Isso foi dito pelo presidente brasileiro a seu par americano. 

Reação

Quando o assunto Venezuela foi abordado por Lula, Trump não falou praticamente nada, disseram as mesmas fontes. O encarregado de defender a posição americana foi o secretário de Estado, Marco Rubio. Ele insistiu na importância do combate ao narcotráfico, assegurou que drogas que chegam através da Venezuela ao mercado americano estão matando cidadãos de seu país e insistiu na necessidade de uma ação contundente contra o narcotráfico.

O Brasil nunca teve a expectativa de frear a ofensiva militar no Caribe, mas sim de fazer uma primeira aproximação ao tema com os americanos, deixando clara sua posição. Foi frisada a defesa de uma saída “política e diplomática”.

O objetivo de Lula era enfatizar sua oposição ao uso da força e alertar para o risco que isso representaria para a região. Trump não disse nem sim, nem não. Ouviu. Olhou por alto o documento. E ficou de fazer uma avaliação.

Nessa ofensiva diplomática, o Brasil tem como principais aliados a Colômbia de Gustavo Petro, também alvo da ofensiva de Trump, o México de Claudia Sheinbaum, Uruguai e Chile (pelo menos até a mudança de governo, em março de 2027).

Fonte: BNews