Familiares das vítimas da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, estão se cadastrando no Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer os corpos. O cadastro está sendo feito no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ), localizado ao lado do necrotério.
Além dos 64 mortos oficialmente informados pelo governo do estado, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro aponta que mais 70 corpos foram retirados pelos próprios moradores da vegetação ao redor dos morros. Ainda não há previsão para a liberação dos corpos, e os familiares cadastrados aguardam no local.
Uma familiar desabafou à Agência Brasil. “Eles largaram o corpo lá, pelado. Nem animal se trata assim, não importa o que a pessoa fez. Fizeram a bagunça que fizeram e largaram lá de qualquer jeito”.
Outros parentes também expressaram indignação. Uma deles relatou ter vindo de Cabo Frio, na Região dos Lagos, para fazer o reconhecimento do corpo. Outra contou que estava em contato com a vítima até terça-feira, quando ele disse que estava encurralado e não sabia se iria suportar por muito tempo.
Segundo o relato, ele ainda informou que havia muitos feridos ao seu redor, mas não detalhou o local. Depois, não houve mais contato.
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Fonte: BNews