Entre os mais de 100 mortos da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, um dos nomes mais falados é o de Penélope. A jovem que ficou conhecida como Japinha do CV foi executada durante confronto com as forças de segurança após um tiro de fuzil na cabeça e ficou com o rosto totalmente esfacelado.
Quem é Japinha do CV?
Diante da repercussão do nome da jovem, muita gente se perguntou quem seria a soldada do crime que viralizou nas redes sociais após ser morta. Segundo informações divulgadas pelo historiador e escritor Joel Paviotti, especializado em Educação e Segurança Pública, ela atuava como uma das principais seguranças do traficante Doca, maior alvo da operação.
“Ela era uma das pessoas que fazia a contenção e fazia parte da segurança do Doca, mas ela circulava pela Penha, pelo Alemão e por outros morros do Comando Vermelho que precisassem de reforço. Ela era uma espécie de soldado de elite do Doca”, detalha em um vídeo no canal Iconografia da História, no YouTube.
De acordo com a coluna ‘Na Mira’, do portal Metrópoles, Japinha atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas. “Essa moça era uma das mulheres que fazia a segurança das bocas da Penha e acabou virando segurança do Doca”, conta o professor.
Ainda confrome o estudioso, “Japinha do CV cresceu na Penha, na Vila Cruzeiro, entrou no mundo do crime e aprendeu desde cedo a dar tiros de fuzil, andar armada, fazer segurança e combates na mata”. Além disso, relatos de pessoas próximas a descrevem como “uma pessoa bastante cruel quando tinha que dar uma lição em alguém, que era muito “disposição” e totalmente linha de frente. Era bastante conhecida não apenas no Alemão, mas em diversos outros lugares”.
Como Japinha do CV morreu?
Durante o confronto, acabou sendo alvejada com um tiro de fuzil na cabeça ao resistir à investida policial. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o corpo da faccionada é encontrado na comunidade. Ela vestia roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil.
Uma foto da traficante, que também utilizava a alcunha de “Penélope”, foi registrada antes da megaoperação do Governo do Rio de Janeiro. Com roupa de guerra e fuzil, a soldado costumava não mostrar o rosto nas ações, mas era tida nas redes como a “musa do crime”.
Fonte: BNews