A empresa de gestão ambiental, Ambipar, realizou a solicitação de um recuperação judicial junto à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, para se assegurar contra os seus credores. O valor da dívida ultrapassa R$ 10,7 bilhões.
De acordo com informações do Brazil Journal, grande parte das dívidas é de seus bonds – investimentos de renda fixa onde o investidor empresta dinheiro a uma entidade -, equivalente a um valor médio de US$ 1,065 bi (R$ 5,6 bilhões). No entanto, também tem debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos, funcionando como um empréstimo -, dívidas com bancos e com fornecedores.
Seus maiores credores são: Santander, com R$ 663 milhões; Banco do Brasil (R$ 352 milhões), Banco do Nordeste (R$ 207 milhões), Deutsche Bank (R$ 188 milhões), Bradesco (R$ 165 milhões), Daycoval (R$ 109 milhões), Scania (R$ 77 milhões) e ABC Brasil (R$ 56 milhões).
O problema veio à tona após os resultados do segundo trimestre, em 14 de agosto. A Deloitte, nova auditora da empresa neste ano – substituindo a BDO, que atuou por quatro anos –, incluiu uma explicação importante no balanço. Ela informou que, dos R$ 4,7 bilhões que a empresa dizia ter em caixa, R$ 2 bilhões estavam aplicados em um FIDC, e esse valor não aparecia nos relatórios anteriores.
Assim, os principais bancos que emprestaram dinheiro à empresa descobriram que ela não tinha investimentos em nenhum deles. O Deutsche Bank havia pedido que a empresa depositasse dinheiro extra como garantia em um contrato financeiro.
Ainda, sugeriu, em abril, mudanças no contrato, inserção de cláusulas e cobranças de altos valores – estes passaram a ser pagos pela Ambipar, com retirada do dinheiro no Santander, que resultou em desconfianças por parte da instituição. O processo foi interrompido após questionamentos sobre a origem da cobrança.
Clique aqui e se inscreva no canal do BNews no Youtube
Fonte: BNews