O ex-ministro e presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, recebeu o Título de Cidadão Baiano em sessão especial, nesta quinta-feira (30), realizada no Plenário Orlando Spínola da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). A iniciativa é do deputado Júnior Muniz (PT).
É uma alegria, porque a Bahia, gente, é um sentimento. Quem nasce no Brasil nasce baiano. Tal é a contribuição nas artes, na cultura, na ciência. Em tudo que a gente tem da Bahia, que é inevitável que um brasileiro, ao nascer e ao tomar conhecimento de si e da sociedade, ele se dê conta que ele é baiano. Então, eu estou numa felicidade, eu estou, na verdade, flutuando com isso e, de certa forma, fazendo um link com meu avô. Meu avô era baiano, Paulo Belém, nasceu aqui em Salvador, na Bahia. E eu estou retomando isso. E olha, é difícil até dizer a sensação, mas é de uma alegria enorme. Vocês não fazem ideia de como eu me sinto honrado, feliz, contente de poder dizer: ‘Meus irmãos da Bahia, cheguei!’ “, afirmou.
Na mesma sessão, o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, foi agraciado com a Comenda 2 de Julho, uma proposição do deputado Roberto Carlos (PV).
Mineração e sustentabilidade
Na ocasião, em entrevista aos jornalistas, Jungmann ressaltou a necessidade de a mineração se alinhar com a responsabilidade socioambiental.
O que muda é que nós temos que atentar para o seguinte: não há futuro para a mineração se ela não cuidar do meio ambiente, se ela não tiver a licença socioambiental. Não tem jogo. Nós estamos no centro de tudo, porque os minerais eles são fundamentais para a segurança alimentar. É o potássio, é o fosfato, é o nitrogênio. São minerais. Os minerais são fundamentais. Por exemplo, a inovação de tecnologia, não tem semicondutor, não tem chip, se não tiver mineral. Os minerais são fundamentais para a defesa e soberania, os caças, os radares e assim por diante. Também vem todos os minerais”, disse.
“E além de tudo, e isso aqui eu falo do meu sonho, é que a gente consiga levar aos nossos filhos e netos um mundo que não viva emergência climática, um mundo que não viva situações, eventos extremos como a gente viu do Rio Grande do Sul, como a gente vê em Minas Gerais. Pois bem, sem minerais críticos estratégicos não há possibilidade de passar de uma sociedade de base e de economia de base fóssil para uma sociedade e uma economia de base renovável. Não tem jogo. Então isso faz parte do meu sonho, que eu acredito que é o sonho de todos nós, que é de que a humanidade supere isso, porque se nós não superarmos, infelizmente nós vamos todos perder. Vão ter que descer”, finalizou.
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Fonte: BNews