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Governadores bolsonaristas anunciam “consórcio da paz” após operação mais mortal da história; entenda

O governador Cláudio Castro (PL-RJ) anunciou, nesta quinta-feira (30), a criação de um consórcio de estados voltado à segurança pública após a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos.

O grupo, batizado informalmente de “consórcio da paz”, reunirá inicialmente os governadores apoiadores de Jair Bolsonaro: Rio, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou por videoconferência, e o Distrito Federal foi representado pela vice-governadora Celina Leão (PP).

Castro propôs que a sede do consórcio seja instalada no Rio de Janeiro e afirmou que a iniciativa “é do Rio e para o Brasil”. Segundo ele, a proposta não surge em oposição ao governo federal, mas como uma ação conjunta dos estados para reforçar a integração de forças e estratégias de combate ao crime. “É a favor do nosso povo, é pelos nossos estados. Não é PEC ou não PEC. Cada um vai ter sua opinião diferente”, disse o governador fluminense.

O encontro no Palácio Guanabara também simbolizou um gesto político de apoio a Castro após a ofensiva. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), explicou que o consórcio pretende reunir os 27 estados e atuar de forma integrada em inteligência, logística e recursos. 

Durante a reunião, os governadores também criticaram a PEC da Segurança Pública, proposta pelo Ministério da Justiça. Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) classificou a medida como uma “proposta fake”, afirmando que o objetivo do governo federal é “tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública”. Segundo ele, o texto representa uma “intervenção direta nas polícias dos estados”.

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Fonte: Bahia Notícias