Em meio às atividades da 1ª Semana de Promoção e Defesa dos Direitos da População LGBTQIAPN+ do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a sede da Corte transformou o seu átrio em um espaço de expressão cultural. Até esta sexta-feira (28), o público pode apreciar a exposição “Transgeneridades Negras”.
Os artistas Bruno Santana, Dante Tular e Kin Bissents exploram temas que permeiam o universo LGBTQIAPN+, mediante fotografias, artes plásticas e audiovisuais.
Kin Bissents, que é uma mulher trans, tem o trabalho centrado na pesquisa de fenótipos, ancestralidade e interseccionalidade. Ela utiliza as tecnologias digitais, métodos tradicionais como nanquim e a técnica milenar egípcia temperaúva.
Dante é um multiartista nascido em Salvador e criado no sertão do sudoeste baiano, na cidade de Caculé, é um homem trans negro e fabricante de entidades imaginárias de tinta. “A arte, para mim, é uma ferramenta de luta e expressão”, destaca.
“Achei bem interessantes a técnica e a proposta, pois são diferentes e inovadoras”, pontuou Lillian Carvalho, coordenadora de Ações Estratégicas do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), visitante da exibição.
A ação conta, também, com obras de arte de Bruno, professor, pesquisador, poeta, escritor, umbandista, soteropolitano e transativista negro pelos coletivos Transbatukada, Fórum Trans da Bahia e ManifestA ColetivA. Ele é licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), pós-graduado em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Além disso, é idealizador do arquivo Transencruzilhadas da Memória e um dos organizadores e autores do livro Transmasculinidades Negras Brasileiras: Narrativas Plurais em Primeira Pessoa.
A SEMANA
Uma iniciativa da Comissão para a Promoção de Igualdade e Políticas Afirmativas em questões de Gênero e Orientação Sexual do TJ-BA (COGEN), com o apoio da Universidade Corporativa Ministro Hermes Lima (Unicorp-TJ-BA), a Semana busca trazer para o âmbito do Judiciário baiano o debate sobre pautas da comunidade LGBTQIAPN+.
À frente da COGEN, a juíza Maria Angélica Matos destaca que o evento?objetiva “aumentar a conscientização sobre as experiências e os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+, promover a empatia e fornecer orientações sobre como criar um ambiente inclusivo”.
Com a realização da Semana, a comissão reforça o seu compromisso de discutir políticas afirmativas com vistas ao combate de qualquer tipo de discriminação e, sobretudo, de promover ações para sensibilização, garantia de direitos, humanização e valorização das vidas LGBTQIAPN+.
Fonte: Bahia Notícias