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Ricardo Salles manda suspender compra de retardantes de fogo sem licitação
O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama resolveram suspender a compra de 20 mil litros de retardante de fogo, em regime de urgência e sem licitação. O produto chegou a ser lançado sobre áreas de queimadas do Pantanal, no Mato Grosso. O retardante também foi usado na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
Em 2018, um laudo técnico do Ibama apontou que a aplicação desse produto exige cuidados, por possíveis riscos ao meio ambiente e à saúde humana.
A Justiça Federal da 1ª Região, onde uma ação popular foi movida contra o Ibama, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a União, o governo de Goiás e a fabricante Rio Sagrado Industrial Química, o Ibama declarou que, no momento, o plano está suspenso. O plano previa compra imediata e entrega em, no máximo, 48 horas, no Mato Grosso.
Segundo o Estadão, o Ibama afirma no processo que “não há qualquer urgência no pedido deflagrado” pela ação judicial, porque a compra do produto “encontra-se temporariamente suspensa para melhor análise e avaliação da autarquia”. O órgão afirma ainda que foram pedidos “subsídios à área técnica” para “apresentar os elementos necessários ao convencimento deste juízo”.
Foi o Estadão que revelou o plano de comprar o produto sem licitação. A apuração feita pelo jornal mostrava que tudo estava pronto e seriam comprados por R$ 684 mil. O produto químico é misturado com água e é lançado por aviões sobre a vegetação para aumentar a capacidade de retenção do fogo.
Fonte: BNews