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Candidatos LGBTs se organizam na política institucional pela luta por direitos
Falar sobre suas vivências e lutar por direitos é uma constante na vida de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais. Muitas vezes, essa luta deixa de acontecer apenas em manifestações e na vida cotidiana, mas passa também para a política institucional, ou seja, se materializando em candidaturas que tentam romper com os preconceitos da sociedade brasileira.
Até o dia 22 de julho deste ano, a Aliança Nacional LGBTI+ contabilizou 411 pré-candidatos assumidamente LGBTs para as eleições municipais que acontecem em novembro. Este número é um recorde na série histórica feita pela pesquisa. Em 2016, ano das últimas eleições municipais, eram 215 os candidatos LGBTs. Em 2012 foram 173, e em 2008, 81 candidatos.
Uma dessas pessoas é Rosy Silva, pré-candidata à vereadora pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Para ela, toda minora tem sede de voz. “Por muito tempo fomos silenciados e a importância de se ter mais vozes falando sobre as nossas necessidades é mais que necessária, é visceral. Portanto, quanto mais pessoas nós tivermos gritando nossas dores e proclamando nossas necessidades, maior é a probabilidade de nós sermos ouvidos”, frisa.
Quando perguntada se é importante estar no cenário político considerado de esquerda, Rosy responde que o importante é “ocupar todos os espaços políticos aos quais temos direito”. Já para Laina Crisóstomo, também pré-candidata pela candidatura coletiva “Pretas Por Salvador”, do Psol, não basta ser LGBT, é preciso ter um projeto político de acordo. O que, para ela, seria um projeto de esquerda.
“A gente precisa pensar em representatividade, mas não em uma representatividade vazia. É uma representatividade de quem defende a pauta e entende a pauta como vazia. A gente tem que construir a representatividade que não é apenas sobre ser LGBT, sobre ser mulher ou sobre ser negro ou negra, é com um projeto político real de transformação e de luta.”, contou.
Os partidos com mais pré-candidatos LGBT, conforme o levantamento, estão na esquerda. Ao todo, 11 partidos foram mapeados pela pesquisa. PT (66), Psol (65), PDT (62), PCdoB (40), PSB (37), Rede (27), PSDB (20), PV (15), Cidadania (11), DEM (9) e PSL (2).
Outra questão relatada por Laina é a falta de apoio do poder público e até dos próprios partidos para viabilizar que os candidatos possuam chances reais de serem eleitos. “Candidatura é uma coisa, mas se não há investimento, não apenas financeiro, mas de suporte, tempo de televisão, incentivo para que as pessoas se coloquem, as chances de eleição são muito menores. Precisamos batalhar para que não apenas sejam candidatas, mas que sejamos eleitas”, pontuou.
Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), oito candidatas trans conseguiram se eleger em 2016. Diante dos 57.720 vereadores e vereadoras eleitos, isso significa que apenas 0,014% das cadeiras nas Câmaras das cidades brasileiras são ocupadas por pessoas trans. A organização estima ainda que, no total, o Brasil conta com 4 milhões de pessoas trans que somam 2% da população.
Para ir além das candidaturas, campanhas como o #VoteLGBT buscam construir uma plataforma para aproximar candidaturas de eleitoras e eleitores que querem votar a favor das pautas temáticas.
Só nas últimas eleições, foram 3 milhões de visualizações e mais de 140 candidaturas LGBT+ em todos os estados do país. Em 2018, Erica Malunguinho foi eleita como a primeira mulher transexual da Assembleia Legislativa de São Paulo pelo Psol.
Dentro dos partidos, também existe um esforço para angariar votos dessa população e fortalecer candidaturas. Dentro do tradicional MDB, por exemplo, existe o MDB Diversidade, núcleo de diversidade e inclusão do partido.
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–> Fonte: A Tarde
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