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Editorial: Pandemia de estupidez

Como podem os gestores de uma comunidade salvarem um povo disposto a provar da experiência de extinção dos concidadãos? Qual o limite da perseverança e dos efeitos de cansaço no relacionamento com um adensamento populacional sem cuidados de si? Assim como sabe-se ser perigoso libertar quem prefere a escravidão, defender gente avessa à racionalidade pode tornar-se o décimo-terceiro trabalho de Hércules, desta vez um contendor mais duro em relação à ferocidade da hidra de lerna ou o leão de Nemeia.

O prefeito ACM Neto tem-se conduzido pela moderação, mas, ao perceber a imaturidade geral, sugere a ação da Polícia Militar no trato com a plebe rude, a elite soberba e estratos sociais intermediários – representativos de plena idiotia diante da Covid-19. Seria coragem ou intemperança aglomerar os amigos sem máscara e expor crianças em apertado terraço, para supostamente comemorar o dia dos infantes, antevéspera de funerais dos pequenos, quando o coronavírus, de potência, virar ato, na letal doença?

A irresponsabilidade de festeiros, cujo desdém com a comunidade no entorno sugere distúrbio mental, além do culto involuntário a Coalemos – deus da estupidez –, coincide com os 70% de ocupação dos leitos de UTIs pediátricas, agora, em Salvador. Sabemos o quanto faz parte da simplicidade da vida não temer a chegada da morte, uma vez nunca a encontrarmos, pois enquanto somos, ela não é; ao invés, quando a morte é, já não somos, tornando-a impossível de ser percebida, exceto pelos vivos.

No entanto, evitar sofrimento precoce pode ser uma boa escolha, ao negar-se a opção de unir o gostoso calor dos dias de sol ao recesso digital de escolas da rede privada, rejeitando-se o prazer das circunstâncias, dado o perigo de expor-se à infecção. A precaução em defesa da vida não pode entrar de férias, mantendo-se a cautela como tática, pois a pandemia – sempre vale repetir – não acabou; ocorre algo distinto: há leitos de UTI, por ora suficientes, para o sofrido internamento de novos doentes.

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–> Fonte: A Tarde

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