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Editorial: Basta de assédio

À frente dos monitores de computador ou telas de celular estão os mesmos homens em circulação no cotidiano, mas, para proceder à covardia do assédio, não são poucos a preferir a segurança de abordar a mulher bem protegidos no ambiente digital. Tomando-se a linguagem como a morada do ser, as abordagens podem tornar-se abusivas, quando aspectos do corpo feminino são ressaltados de forma a provocar vergonha, susto ou intimidade permissiva em ação de constrangimento proposital.

Estabelecer o limite para o elogio ou o galanteio, desinteressado ou não, vai depender da intenção, sempre subjetiva, do autor, embora deva haver uma materialidade para dar um basta à insistência, quando ocorre o erro de hybris – a desmesura. A regra básica seria considerar assédio toda a narrativa excedente após a mulher dizer não ao interlocutor, cuja insistência terá de ser silenciada a fim de interromper a fantasia.

Pesquisa mundial elaborada pela organização Plan International expõe o Brasil à vergonha de ter 77% de suas adolescentes e jovens sob olhares instintivos de lobos da falocracia nacional, índice bem acima da média mundial de 58%. Às vezes os comentários são postados abertamente, gerando constrangimento maior, daí o alto índice (46%) de mulheres mais inseguras nas redes sociais em relação ao convívio presencial.

Como sabe-se do movimento de online para off-line, as mulheres correm risco, pois a inclinação do estupro simbólico é capaz de derivar para um cerco presencial, se o assediador sabe onde a mulher circula. O estudo Liberdade On-line? escutou histórias de 14 mil mulheres, entre 15 e 25 anos, de 22 países, categorizando três tipos mais comuns de autores do crime de assédio: desconhecidos, com 47%; 38% de conhecidos; e outros 38% de anônimos.

O estudo aponta necessidade de conscientizar as famílias do problema, sem precisar privar as jovens da internet, mas com a exigência de punições severas aos responsáveis e cobrança das empresas das redes sociais de mecanismos de combate ao assédio.

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–> Fonte: A Tarde

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