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Editorial: Chamas da destruição
Fogo na Babilônia: por coincidência, a expressão comum ao gênero musical reggae, um dos mais cultuados na Chapada Diamantina, é anualmente, brado de alerta para novo duelo contra o dragão incinerador das belezas.
Pela enigmática escassez de medidas preventivas, os incêndios, nesta época mais seca, torram pedaços encantados tão antigos quanto os primórdios deste planeta em estertores.
Pudesse o homem dar devido valor ao pedaço do mundo de 2 bilhões de anos, dos tempos de vasto oceano, e talvez tratasse de proteger com mais carinho a este legado dos antigos crátons, as raízes continentais.
Pois é o cráton nomeado São Francisco a base da chapada em chamas, comprimindo-se a si própria nas montanhas e cânions, dando origem também ao platô cuidado tão displicentemente, apesar do tesouro representado em tantas e tão originais espécies.
Nesse mesmo local, onde o mar foi um dia prevalecente, criaram-se as cianobactérias, primeiras estrelas do palco onde após erosões, glaciações, terremotos e água doce em porções generosas, exibe-se hoje a formosa Chapada.
O fogo, antes atribuído aos garimpeiros, categoria sem assessores a defender-lhes a honra enxovalhada, hoje está relacionado à nova mania irracional, capaz de arrancar tufos gigantescos de verde do Pantanal e da Amazônia.
Pois mais uma vez, e desta, com feições de guerra contra inimigo organizado – o fogo parte simultâneo de vários pontos da chapada –, o casal do emblema do Estado une-se à cidadania herdeira da coragem dos jagunços para debelar as chamas da destruição.
A lição está aí, outra vez, para se aprender: é demasiado alto o custo da falta de prevenção e do desdém a brigadas locais, acostumadas a abafar o incêndio, mesmo sem apoio, mas com o denodo inapagável dos batalhões patrióticos das Lavras Diamantinas.
A lição está aí, outra vez, para se aprender: é demasiado alto o custo da falta de prevenção e do desdém a brigadas locais
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–> Fonte: A Tarde
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