Saúde
Vacina contra o câncer está em últimas fases de testes
Uma nova vacina contra o câncer de pele se aproxima do fim de sua fase de testes. O imunizante está sendo desenvolvido pela Moderna, em parceria com a MSD, e já está em estágio avançado de testes para pacientes com melanoma avançado.
A vacina se encontra, atualmente, em ensaio clínico de fase 3. Esta fase é o último teste realizado pelas empresas que o desenvolvem. Esses testes avaliam a eficácia do imunizante combinado com o Keytruda, medicamento utilizado no tratamento do melanoma. O processo atual utiliza apenas o medicamento.
A quarta e última fase consiste no acompanhamento dos pacientes que receberam a vacina por um maior período de tempo, acompanhando quaisquer efeitos adversos que possam se apresentar.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, o imunizante utiliza a mesma tecnologia das vacinas atuais contra a Covid-19, o uso de RNA Mensageiro. No entanto, o seu diferencial é ser uma tecnologia personalizada, ou seja, adaptada às necessidades de cada paciente.
Esta vacina funciona instruindo o organismo a produzir até 34 proteínas, cada uma visando neoantígenos, que poderiam ser os causadores do câncer no paciente. A vacina prepararia o sistema imunológico para atacar essas células. Junto ao Keytruda, medicamento utilizado no tratamento do melanoma, é possível bloquear uma ação do sistema imunológico que protegeria as células cancerígenas.
Na fase 2, a vacina demonstrou grande eficácia na diminuição da recorrência do câncer de pele e da morte em pacientes com melanoma de estágios III ou IV após três anos. Em comparação a pacientes que só receberam Keytruda, essa diminuição é de 44%.
Após os resultados da fase 3, o imunizante será submetido para avaliação das entidades reguladoras, e caso seja aprovado, passará por ensaios de fase 4, que consiste numa avaliação mais minuciosa dos efeitos das vacinas nos pacientes em períodos mais longos.
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, devido a sua alta possibilidade de provocar metástase, a formação de novos tumores a partir de outros. No Brasil, esse tipo de tumor representa 4% das neoplasias malignas na pele, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Fonte: Bahia Notícias