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Juiz preso em operação tinha método para tomar heranças milionárias, diz MP

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo no dia 1º de agosto teve como alvo uma suposta organização criminosa formada por juízes e advogados. O grupo é suspeito de fraudar processos judiciais para aplicar golpes em espólios e tomar valores de heranças deixadas por pessoas falecidas.

 

De acordo com as informações, dois juízes foram alvos da operação “Follow The Money”. São eles Bruno Fritoli, preso por ordem do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) e Maurício Camatta Rangel, que está usando tornozeleira eletrônica.

 

Ainda conforme divulgado, a operação cumpriu, ao todo, sete mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos e 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional.

 

Segundo revelado pelo site Metrópoles, o procurador-geral de Justiça do Espírito Santo, Francisco Martínez Berdeal, ao pedir à Justiça que Camatta fosse incluído no escopo da apuração, citou como ocorriam as supostas fraudes processuais com envolvimento do magistrado.

 

“Percebe-se a existência de um padrão utilizado pelos investigados para o ajuizamento de lides simuladas”, disse Berdeal.

 

De acordo com o chefe do MP, os advogados investigados apresentavam ações de cobrança ou execuções na Justiça contra pessoas falecidas, com valores expressivos em contas bancárias.

 

Para assegurar que as ações fossem direcionadas ao juiz, o MP afirma que os processos eram apresentados com falhas normais, como falta de documentos e de pagamento de custas processuais e até ausência de petição inicial.

 

Se os casos fossem direcionados ao magistrado, os erros eram corrigidos para que as ações prosseguissem. Se as ações fossem distribuídas a outro juiz, as falhas não eram corrigidas, para que o processo fosse extinto sem resolução.

Fonte: Bahia Notícias

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