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Editorial: Liberdade na guilhotina

Uma prática utilizada pelos franceses na repressão a movimentos de independência das colônias, como era frequente na Argélia, voltou-se contra os autoproclamados defensores da liberdade de expressão. Trata-se da hedionda ação de degolar, no caso, um educador, Samuel Paty, supostamente em represália a debate na aula, envolvendo a deidade do islamismo, Maomé, cujas caricaturas expostas foram interpretadas ofensivas por ardorosos fãs.

Projetou-se a dadas condições materiais, o homicida, ao seguir uma fatwa, como se denomina a lei deliberada por consórcio formado por quem professa o credo do último profeta do deus de Abraão. Como ocorre nestes episódios, capazes de extinguir 258 vidas, com a ação de grupos nomeados terroristas, desde 2015, franceses e imprensa ocidental sensibilizam-se com os afiados métodos aplicados com pretensão de louvar a Alá como o maior.

Assim, adorando ao inclemente senhor, o checheno Abdullakh teria morrido a tiros de pistola, ao resistir aos policiais, após encontrarem o corpo sem cabeça do professor martirizado. A racionalidade conduz a compreensão do choque cultural entre um país, cuja revolução ensinou prestar contas à liberdade, e religiosos intemperantes, em doação de sentido ao humor dificultada pela severidade de seus dogmas, ditados no Alcorão – A Recitação.

Enfezados, talvez por recuperarem na genealogia destas querelas ataques ocorridos em guerras ancestrais, islamitas insanos serão expulsos da França, incluindo os apoiadores da degola em redes sociais. O entusiasmo por represália, representado pela harmonia com a qual os franceses entoam A Marselhesa, nas marchas de indignados, produz mais rejeição à comunidade do Islã, embora desprovida de homogeneidade no trato da polêmica questão.

Cabe ao governo Macron evitar a falácia da generalização, pois a degola – método marcante no país desde a invenção de Guilhotin, ao final do século XVIII – e outros tantos crimes foram decisões de alguns, em condições históricas semelhante a todos.

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–> Fonte: A Tarde

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