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‘Vamos cortar da própria carne para dar exemplo’, diz Celsinho Cotrim

Pré-candidato a prefeito pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Celsinho Cotrim, 45 anos, é administrador e planejador municipal, com pós-graduação em gestão governamental. Ele conta com ex-pugilista Acelino Popó Freitas como vice-prefeito. É natural de Salvador e cresceu no bairro de Pituaçu, onde foi presidente da associação de moradores, sua principal base eleitoral até hoje. Herdou a vocação para a política de seu pai, o ex-vereador Celso Cotrim, médico que se dedica ao trabalho social em Salvador e na Bahia. Cresceu já participando do movimento estudantil, no Colégio Marista, sendo escolhido presidente do Grêmio estudantil em eleição que contou com a participação de ACM Neto, então contemporâneo seu, sendo essa a origem da relação de amizade que nutrem até os dias atuais. Ele é o sexto entrevistado na série do grupo A TARDE para ajudar o leitor na escolha do voto em novembro.

Por quê o Sr. quer ser prefeito de Salvador?

Porque eu acredito na possibilidade de pessoas, assim como eu, como o Popó, nosso candidato a vice, podem cuidar da cidade e de sua gente. Salvador está carente de pais, mães, políticos que tem o projeto para acolher, ouvir os cidadão, falar com eles e dar encaminhamento aos seus pleitos. Nós estamos, em um bom baianês, com sangue no olho para trabalhar pela cidade, com muita vontade de colocar em prática tudo aquilo que aprendi na minha trajetória de vida e na universidade. Popó, com sua experiência como deputado estadual e como secretário de Esporte da prefeitura de Salvador, traz toda esse conhecimento para o nosso projeto. Eu e popó sempre lidamos com a parte pobre de Salvador. Eu nasci e me criei em Pituaçu, bairro periférico. Popó, na Baixa de Quintas, também na periferia. Em Salvador, 70% da população é pobre, 70% só recebe até dois salários mínimos e aí, nós que temos essa convivência, experiência no trato da população, saberemos ajudar os soteropolitanos na busca de uma vida melhor, de uma cidade melhor para todos.

É por tudo isso que nos consideramos habilitados para, através da prefeitura, fazer o que é necessário. Vamos promover um aprimoramento na área de custeio e de investimento, cortando despesas. Adianto que no meu governo, o uso de carros oficiais e de celulares custeados pela prefeitura através do dinheiro público. Vamos cortar da própria carne para dar exemplo. Ao estreitar o gasto do recurso público, poderemos investir mais em obras e programas sociais. Com isso, nós conseguiremos construir outro hospital municipal e a primeira maternidade municipal de Salvador.

Quais serão as prioridades de sua gestão caso o Sr. Seja eleito?

Nós teremos dois carros-chefes no nosso programa de governo, que esteve sob consulta pública desde novembro de 2019. O primeiro é o investimento em Educação, o segundo é a recuperação da economia da cidade no pós-pandemia. Entendemos que uma nação desenvolvida é aquela em que se investe bastante na educação. Estamos convencidos de que a cidade do Salvador e sua população estão, realmente, esperando um investimento que possa, em um médio e longo prazo, dar esperança para as futuras gerações.

O investimento em educação é prioridade nos países do primeiro mundo e será em nossa gestão. O filósofo Chinês Confúcio uma vez disse: ‘Se tem planos para um ano, plante arroz, tem plano para 10, plante uma árvore, tem plano para um vida, eduque as pessoas’. É nessa perspectiva que iremos governar Salvador. Uma sociedade que tem uma educação gratuita e de qualidade ofertada a todos, é formada por uma massa crítica que escolhe melhor os seus representantes, uma sociedade na qual se combate à corrupção, que cobra um sistema de esgotamento sanitário, uma saúde gratuita e de qualidade. Tudo isso é desenvolvido a partir da educação.

O outro foco de nossa gestão será na recuperação da economia, no aquecimento da economia a partir do foco em dois atores: empregadores e empregadores. Os empregadores, os empresário, serão aliados da gestão, pois é através deles que conseguimos gerar emprego e renda em nossa cidade. O problema é que, por conta da pandemia e do tempo em que eles ficaram com seus comércios fechados, eles estão quebrados. Apesar de estarem fechados, no prazo exato os tributos chegaram, as contas de água, luz e telefone não deixaram de chegar.

O Sr. administrará uma cidade, se eleito, em plena retomada das atividades devido a pandemia do novo coronavírus. Como a prefeitura pode contribuir para a retomada econômica?

Entre as ações para incentivar a retomada da capacidade de investimento desses empresários e de seus empreendimentos nós vamos criar um comitê de Emergência para Recuperação da Economia, que contará com a Câmara Municipal de Salvador (CMS), governo federal, estadual e organizações do empresariado, para construirmos, a quatro mãos, uma desoneração da folha de pagamento das empresas, a desburocratização das licenças ambientais, tanto para viabilidade do empreendimento, como para sua localização. Com isso, além de retomarmos os nosso empreendimento afetados pela pandemia, nós iremos atrair novos empresários e empreendimentos.

O nosso objetivo é transformar Salvador em um grande canteiro de obras. Com essas obras privadas e públicas, nós vamos gerar empregos para eletricistas, engenheiros, o pessoal do almoxarifado. Depois de inaugurados, esses empreendimentos vão gerar vagas para outro tipo de mão de obra, os vigilantes, às recepcionista, os contadores, administradores, enfim, gerando toda essa cadeia evolutiva na atividade empresarial como um todo, em um trabalho com o empregador e outro com o empregado.

É bom lembrar que a quantidade de pessoas que estão desempregados atingiu seu pico em salvador, que é hoje a segunda capital com maior índice de desocupados. E, para mudar isso, vamos promover investimentos e incentivos ao empreendedorismo, vamos fornecer uma qualificação para os profissionais que estão fora do mercado e cursos de aprimoramento para quem está nele e queira um realocação. Vamos discutir com a sociedade um planejamento para ter vagas setorizadas na cidade, para sensibilizar os empresários sobre a importância da contratação de mão de obra do local onde será realizada à obra.

Como o Sr. avalia a postura da atual gestão de Salvador em relação a pandemia do novo coronavírus?

Acho que, como tudo que é novidade assusta e pega todo mundo de surpresa, os gestores mundiais foram pegos de surpresa com essa situação inusitada e tiveram que trocar o pneu com o avião no céu. Os prefeitos tiveram que entender com o que estava lidando e tomaram algumas medida para cuidar da população, evitar que ocorresse uma contaminação em massa, ações essas que acabaram por prejudicar nosso economia, muitas delas que eu não adotaria. Acho que o prefeito, em parceria com o governador, conseguiu se sair bem nessa questão do enfrentamento da pandemia, passando uma tranquilidade muito grande e deixando a política partidária e ideológica de lado. Colocado em prática a política para sociedade, que não tem partido. A prefeitura e o governo souberam administrar, o que acho, até por ser um fenômeno muito novo, poderia ter tido um equilíbrio maior entre preservar vida e o emprego, que não conseguimos encontrar.

O Sr. é a favor da mudança do Carnaval para junho. O que o Sr. pretende fazer com a festa que movimenta a economia da capital baiana?

Ainda não temos uma confirmação oficial sobre o adiamento da festa, mas eu quero deixar claro que o Carnaval de Salvador só será feito com a população imunizada com a vacina para Covid-19. Sem ela, o carnaval e as demais festas populares não irão ocorrer. Se a população tiver vacinada em janeiro, teremos carnaval em fevereiro; se em junho não estiver imunizada, não teremos em junho. A nossa prioridade é salvar vidas, mesmo que em detrimento dos eventos.

Como o Sr. pretende se relacionar com o governo do Estado?

Da melhor forma possível. Eu tenho uma relação cordial e próxima com o governador Rui Costa (PT). Eu já trabalhei no governo dele e de seu antecessor, Jaques Wagner (PT) e, por isso, eu entendo como funciona a mecânica de seu governo. Nutrimos admiração e consideração um pelo outro. Ele, inclusive, já declarou em entrevista que caso eu vá ao segundo turno, não enfrentando um dos outros candidatos de sua base, ele me apoiará. Com isso, acho que já deu a tônica da relação amistosa e harmoniosa que teremos.

Que tipo de relação o Sr. pretende manter com o governo federal?

Sou amigo do Vice-Presidente da República, o general Hamilton Mourão (PRTB) e pedirei a ele, baterei na porta, enviarei mensagens de WhatsApp, telefonarei, para que ele seja o interlocutor da prefeitura de Salvador junto ao governo Bolsonaro quando assumimos, em janeiro de 2021.

Eu tenho um conceito muito claro, nosso projeto tem um conceito muito claro e Popó pensa da mesma forma. Somos candidatos para implementação de um projeto de cidade através da prefeitura de Salvador, não para um projeto de partido político. Quando sentarmos nas cadeiras, seremos gestores da prefeitura, não gestores de partidos. A parte ideológica será colocada de lado, nós só vamos tratar de ideologia no partido como pessoa física; como pessoas jurídica, o único partido que vai existir é o do povo. A Máquina não pode se contaminar com bandeiras ideológicas.

A nossa ideologia será a de cuidar do povo de Salvador. Não vejo problema em me relacionar com Bolsonaro, não haverá indisposição de nossa parte e creio que não ocorrerá na dele. O nosso trabalho será estritamente técnico e não deixaremos confundir com questões ideológicas ou partidárias.

Salvador é uma cidade com um número reduzido de creches e escolas em tempo integral. Existe algum projeto seu para ajudar na expansão dessa modalidade de ensino?

A educação, como disse, será um dos carros-chefes de nosso governo. Nós só conseguiremos avançar no IDEB, que é uma mensuração da qualidade do ensino estabelecida pelo governo federal, se investirmos em escolas em tempo integral. Cito uma pesquisa do Ministério da Educação, divulgada na mídia na semana passada, que apontou que os seis municípios com as maiores pontuações no IDEB têm uma coisa em comum, ambos possuem um sistema de educação em tempo integral. Esse tema que será prioridade em nossa pasta a partir de janeiro de 2021.

Primeiro a entrar e último a sair da crise, o setor cultural sofre com as medidas de restrição provocadas pela pandemia da Covid-19. Qual o seu projeto para auxiliar na recuperação desse setor fundamental para economia de Salvador?

Depois que você vive a área do turismo, eu que tive o privilégio de ter sido subsecretário, superintendente e diretor da Bahiatursa, nos governos Rui e Wagner, você passa a compreender mais esse setor e entender o turismo como parte da mola propulsora de desenvolvimento econômico das cidades e das localidades, sob risco de não entendermos o turismo como um todo.

O turismo é o que classificamos com a indústria limpa que possui uma cadeia produtiva onde órbita outros setores da economia. O turista busca o estado da Bahia por causa de nossas belezas naturais, nossa culinária, danças, a cultura de um modo geral e isso movimenta o mercado de serviços, através da compra de insumos e pela prestação de dele.

Por isso, é preciso preparar os trabalhadores da cultura, e não falo apenas dos produtores culturais e artistas, mas falo dos garçons, seguranças, e vamos fornecer cursos de qualificação para esse pessoal receber os turistas da melhor forma. Vamos também fornecer cursos para os empresários do setor, para que possam que donos de restaurante, bares, saibam como gerir o seu dinheiro e como aprimorar seus investimentos e a capacitação de sua mão-de-obra.

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–> Fonte: A Tarde

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