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Artigo: Vale Tudo pelo Poder? A crise do quinto constitucional da advocacia no TRT-BA e as fragilidades de um modelo de campanha eleitoral
O cenário era o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), e o enredo, digno de uma novela do horário nobre, ainda que seja em um péssimo remake. A esperada escolha da lista tríplice para a vaga de desembargador da advocacia – um processo que deveria ser interna corporis, técnico e discreto – transformou-se em um espetáculo de táticas políticas, ameaças e um racha na própria Corte. O adiamento da votação por “falta de provas” de efetiva militância, provocado pelo desembargador Edilton Meirelles, não é um simples ato burocrático, mas sim o ponto de ebulição de uma campanha midiatizada que questiona: vale tudo pelo poder?
Se a novela “Vale Tudo” nos deixou o questionamento moral sobre os limites da ambição, a disputa pelo quinto constitucional na Bahia escancara a profissionalização política das eleições no sistema da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), atingindo um patamar jamais visto neste ambiente.
A advocacia trabalhista na Bahia sempre foi uma trincheira de luta por direitos e pela própria existência da Justiça do Trabalho. Historicamente, é o advogado, com sua liberdade e independência, quem pode criticar, cobrar melhorias e sentir na pele a dor da ineficiência judicial. Pode observar: os outros atores que atuam na Justiça do Trabalho não estão sempre no front desta briga.
Nesse contexto, choca a facilidade com que alguns profissionais, mesmo com carreiras sólidas e prestígio no magistério,se dispõem a rasgar a própria biografia – uma vida dedicada à advocacia – para ingressar na magistratura. Ora, se a militância, a docência e o prestígio profissional já são fontes de rendimento e influência, o que move a urgência de mudar de lado e vestir a toga?
Clique aqui para ler o artigo da jornalista Cláudia Cardozo na íntegra.
Fonte: BNews

