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Rachel Sheherazade classifica operação policial no Rio como ‘desastrosa’ e dispara: “Os maiores criminosos andam de jatinho”; ASSISTA
A jornalista Rachel Sheherazade repercutiu nas redes sociais ao criticar a operação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que teve como alvo o Comando Vermelho (CV), resultou em 107 mortos, de acordo com balanço divulgado pela Polícia do Estado do Rio de Janeiro.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Sheherazade classificou a operação como “desastrosa” e “sangrenta” e afirmou que representou uma “execução sumária” de pessoas pobres e marginalizadas. A jornalista questionou a comemoração de parte da população pelo resultado da ação: “A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”.
Ela ressaltou que os mortos não podem ser automaticamente colocados “na vala comum do crime” e cobrou respeito à lei e aos direitos humanos: “Onde está escrito na lei brasileira que o Estado tem o direito de matar pessoas?”.
Sheherazade criticou ainda a chamada “sede de violência” de uma parcela da sociedade: “Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns”.
Um dos trechos mais polêmicos do vídeo foi a crítica ao tratamento desigual no combate ao crime: “Os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios de mansões e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?”.
No final, Sheherazade lamentou o papel dos policiais, que também são vítimas do sistema: “O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. Ele é o bucha de canhão. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, mas a culpa da chacina é de quem manda matar”.
Fonte: BNews
