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PF se negou a participar de megaoperação no RJ que terminou com mais de 100 mortos: “não era uma operação razoável”
A Operação Contenção, deflagrada nesta terça-feira (28), pelas forças de segurança do Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha, mobilizou em torno de 2,5 mil agentes. No entanto, parte do efetivo pensado para megaoperação que terminou com mais de 100 mortos, incluindo policiais, não foi utilizado após a ação não ser validada pela Polícia Federal.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou que a corporação foi procurada para fazer parte da operação. “Houve um contato anterior do pessoal da inteligência da Polícia Militar com nossa unidade do Rio para ver se haveria a possibilidade de atuarmos em algum ponto nesse contexto”.
Porém, após apresentação do planejamento que teria sido iniciado há dois meses, a intervenção não foi considerada coerente. “A partir da análise do planejamento operacional, nossa equipe entendeu que não era uma operação razoável para que participássemos”, declarou.
Detalhes da Operação Contenção
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, a investigação para o pontapé da ação começou há dois meses com a investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) contra a cúpula do Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão.
Depois disso, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi procurou Victor Santos, secretário de Segurança, e o coronel Marcelo Menezes, secretário da Polícia Militar, para formalizar o pedido à Justiça para expedição dos mandados de prisão e de busca e apreensão.
De acordo com a publicação, a partir daí, diversas reuniões foram realizadas na Cidade da Polícia, no Bope e no Quartel-General da PM para definir a estratégia a ser adotada. Por fim, ficou definida a criação do que foi chamado de “muro do Bope” e as incursões por diversos pontos das comunidades-alvos.
Muro do Bope
Os detalhes foram descritos pelo secretário da Polícia Militar, Marcelo Menezes, durante uma coletiva de imprensa para elencar os resultados da ação.
O coronel explicou que foi criado um “muro do Bope” para “aguardar” os membros do Comando Vermelho que seriam “expulsos” de outras partes das comunidades. Ele destaca que o objetivo da estratégia era proteger os moradores concentrando a maior parte dos confrontos em uma área de mata.
Fonte: BNews
