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Investigações apontam negociação de ‘arrego’ entre traficantes do CV e policiais
Traficantes do Comando Vermelho (CV) teriam negociado um “arrego”, espécie de propina, com policiais para libertar um comparsa. As informações constam em documentos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que integram as investigações que culminaram na megaoperação realizada nesta terça-feira (28).
Segundo o DRE, obtido pelo UOL, a acusada de tráfico, identificada como Danielle Silva dos Santos, pressionou um aliado, Juan Breno Malta, conhecido como BMW, para que ele pagasse R$ 15 mil exigidos para a soltura do suspeito. Em mensagens encontradas pela polícia, Danielle escreve: “Manda logo [o dinheiro], solta o moleque.”
Ela ainda complementa: “Era pra você mandar tudo, que isso, BM… Não tem esse valor pra dar? Nesse valor, nosso ministro solta ele depois, nós vamos pagando o que for, solta o moleque, mano. Dinheiro depois nós botamos no lugar. Se fosse você, nós ia fazer o mesmo. Nós somos uma equipe, amigo irmão, não somos parceiro de boca, não.”
Apesar de citar um “ministro”, o documento não identifica quem seria essa pessoa.
O suspeito conhecido como BMW é mencionado como responsável por punir membros da facção e participar dos chamados “tribunais do crime”, podendo inclusive determinar mortes, conforme o relatório da DRE. Ele também é apontado como gerente do tráfico na Gardênia Azul, ocupando posição de destaque dentro do CV e com ligação à Equipe Cobra.
BMW foi preso durante a megaoperação no Rio. As investigações da DRE também encontraram conversas em que traficantes negociavam o pagamento de “arregos” a policiais, caracterizando propina para favorecer a atuação do grupo criminoso.
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Fonte: BNews
 
					

