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Operador usou milhões da Lei Rouanet para bancar próprio jornal
A Elysium Sociedade Cultural, que administra R$ 29,2 milhões da Lei Rouanet para restaurar o Jockey Club de São Paulo, usou parte do dinheiro para pagar despesas de empresas ligadas ao seu responsável, que fica em Goiás.
Entre os que receberam, estão quatro CNPJs ligados ao coordenador-geral da Elysium, Wolney Alfredo Arruda Unes: o jornal A Redação, a Engenho & Arte Participações Eventos Ltda., a Biapó Urbanismo e a imobiliária Sapé.
O dinheiro da Rouanet também pagou contas de restaurante, padaria e hotel com diária de R$ 1.500.
Segundo notas fiscais obtidas pelo Metrópoles, o jornal teve contas de luz e o seguro de sua sede em Goiânia, no valor de R$ 1 milhão, pagos com recursos captados por meio da lei federal de fomento à cultura.
O endereço da publicação, Rua 94, é o mesmo registrado na conta de luz quitada. A Redação, que tem Wolney Alfredo Arruda Unes como um dos sócios, foi um subcontrato pela Elysium para fazer a divulgação do restauro do Jockey.
Neste ano, o Jockey pediu recuperação judicial, dizendo que tem dívidas milionárias de IPTU com a Prefeitura de São Paulo.
Na última semana, a Câmara Municipal de São Paulo abriu uma CPI para apurar suspeitas de gastos irregulares no Jockey.
Pela prestação de contas, não dá para saber por quanto tempo a Elysium pagou contas administrativas do jornal.
Apesar de estar em Goiânia e cobrir notícias locais, as notas fiscais mostram que a publicação recebeu ao menos R$ 48 mil para publicar “Conteúdos Editoriais” relacionados ao Jockey em uma das suas colunas.
Fonte: BNews
 
					