Sem categoria

VÍDEO: Emboscada contra diretor de torcida do Cruzeiro motivou operação contra Bamor, diz delegada

Um emboscada realizada no dia 13 de setembro deste ano contra um carro de aplicativo que passava pelo bambuzal do Aeroporto Internacional de Salvador desencadeou a Operação Fair Play, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (31) contra integrantes de torcidas organizadas de Salvador. Até o momento, quatro homens conduzidos à delegacia.

De acordo com a polícia, os alvos da operação são investigados pelos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, roubo e associação criminosa, ocorridos durante confrontos entre torcidas rivais. O grupo, segundo os investigadores, é responsável por articular e executar ataques ligados a disputas entre torcidas.

Ataque

Na ocasião que resultou na operação, o motorista de aplicativo Anderson Lucas transportava dois turistas mineiros, entre eles o diretor da torcida Pavilhão Independente, ligada ao Esporte Clube Cruzeiro, quando teve o veículo interceptado por outros quatro carros com cerca de 10 homens armados. O condutor e os passageiros foram agredidos e roubados.

Em entrevista ao BNews, a delegada Marcela Abreu, titular da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deltur), afirmou que os turistas já estavam sendo monitorados desde o Rio de Janeiro, onde pegaram uma conexão para Salvador. Bahia e Cruzeiro jogariam na Casa de Apostas Arena Fonte Nova em 15 de setembro, dois dias depois do ataque.

Até o momento, quatro integrantes da torcida organizada Bamor foram conduzidos à delegacia: Thiago de Souza Oliveira, Alan Rafael Regis Alves de Aquino, Daniel Cruz Alves Júnior e Tássio Alves Neris. Todos são suspeitos de participar de ataques violentos ligados a confrontos entre torcidas rivais na capital baiana.

Na sede da Bamor, no bairro de Nazaré, foi cumprido um mandado de busca e apreensão. No local, foram encontrados uma bomba de fabricação caseira, facas, armas brancas, fogos de artifício, pedaços de madeira, celulares, notebook, rádios comunicadores, maquinetas de cartões, cadernos de anotações e bebidas alcoólicas.

Também ao BNews, o advogado Otto Nelson, responsável pela defesa dos integrantes da Bamor, afirmou que nenhum dos clientes foi intimado para esclarecer os fatos na delegacia.

“Não se justifica uma operação como essa de um fato passado, que já tem um certo tempo de investigação, e que ninguém foi intimado. Meus clientes negam participação nesse fato, não tem nenhuma comprovação de que eles participaram. E, à época, o comandante do Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos (BEPE) da Polícia Militar e a Polícia Civil informaram que o ataque não tinha relação com a torcida organizada, e sim uma tentativa de roubo contra um turista”, disse. 

Sobre a bomba de fabricação caseira, Otto Nelson afirmou que o objeto foi localizado em uma casa ao lado da sede da Bamor, e que câmeras de segurança serão utilizadas na defesa dos investigados.

Fonte: BNews

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Close
Close