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Erika Hilton chama operação no Rio de “extermínio” e faz grave acusação contra Cláudio Castro

Em Salvador para debater o fim da Escala 6×1, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) voltou a atacar a megaoperação do Rio de Janeiro. A parlamentar classificou o ato como um “genocídio” do povo preto e um “palanque político” do governador Cláudio Castro (PL).  

“Nós estamos vivendo uma era de extrema insegurança. Agora, não se pode matar pessoas sem identificação, entrar num território para atirar, torturar, decepar corpos, amarrar os braços e dizer que isso é método de segurança pública. Isso é estado de exceção, isso é extermínio do povo preto”, declarou ao BNews

A deputada ainda rechaçou a declaração do governador da capital fluminense, que chamou a operação de “bem-sucedida”. Segundo ela, uma operação exitosa é quando não há policiais nem jovens mortos. “Não dá para dizer que todo mundo que morreu era bandido. Não se sabe ainda quem são as pessoas que morreram. Não há identificação”. 

Segundo ela, o que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro foi o governador do Estado fluminense, as vésperas de uma eleição, usando as favelas cariocas e a pessoas pretas para criar uma narrativa de Segurança Pública.  

“Se o crime organizado cresceu da maneira como cresceu no Rio de Janeiro porque ele foi um péssimo governador. E às vésperas das eleições, para fazer palanque eleitoral, usa mais uma vez as favelas, as vidas negras e o povo para criar uma narrativa contra o crime organizado. Uma chacina a céu aberto”, declarou. 

Erika apontou que, junto a seu partido e a movimentos negros e de favelas, buscarão a Justiça para buscar respostas para as violações que aconteceram durante a megaoperação. “E eu tenho certeza, quando parou as operações, o crime voltou. Foram 94 fuzis apreendidos, e o crime não vive de 94 fuzis”.  

“Nós precisamos de estratégia, de inteligência, de tecnologia, de planejamento para enfrentar o que tem sido essa epidemia da criminalidade no Brasil. Agora, em nome de uma pauta da segurança pública matar mais de 130 pessoas indiscriminadamente, sem saber quem são, se são gente de bem, e dizer que isso é proteger o cidadão é mais um fantoche, um Frankenstein da extrema direita para promover caos e atacar o povo preto e o povo pobre que vive nas favelas do Rio de Janeiro”, concluiu. 

Fonte: BNews

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