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Ministra do TSE defende ampliação da participação feminina nas esferas de poder
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Estela Aranha, é uma das convidadas do XIII Encontro Nacional do Colégio Permanente de Juristas da Justiça Eleitoral (COPEJE), sediado em Salvador. Durante a passagem pelo evento, a magistrada comentou sobre a importância do ingresso de mulheres em espaços historicamente dominado por homens.
“É essencial a participação feminina na política. O sistema de cotas e o investimento de recursos partidários em candidaturas de mulheres têm feito o país avançar, mas ainda é insuficiente. Temos muito trabalho pela frente e é fundamental manter o debate sobre equidade de gênero”, afirmou a ministra em entrevista ao BNews, nesta sexta-feira (31).
De acordo com Aranha, o ambiente judiciário tem apresentado avanços significativos, mesmo que as influencias do machismo ainda permeiam a esfera. Entre as mudanças citadas pela ministra está a chegada de Cármem Lúcia à presidência do TSE, apontando um maior equilíbrio na escolha de juristas homens e mulheres para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
“Estamos caminhando para a equidade, para que exista espaço tanto para homens quanto para mulheres. Essa é uma luta constante dentro da Justiça Eleitoral e do processo eleitoral como um todo”, pontuou.
“Quando há representatividade, há olhares diferentes. As mulheres enfrentam barreiras na sociedade que muitos homens talvez nem percebam, justamente por não vivenciarem essas dificuldades. Por isso, é fundamental que tenhamos mais mulheres em posições de poder, inclusive no Judiciário”, acrescentou.
Para o BNews, Estela Aranha destaca que, atualmente, o tribunal superior mais diverso do país, é o TSE, mas reforçou a necessidade e o desafio de mulheres em ocuparem outras cortes, como o Supremo Tribunal Federal (STF).
“O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, precisa avançar. É importante que se debata a presença de mais mulheres, e de mulheres negras, nesses espaços de decisão. Representatividade importa, desde que acompanhada de qualificação”, observou.
“Ser advogada, juíza ou exercer qualquer função de liderança ainda é um desafio, mas estamos construindo o caminho para que a equidade de gênero se torne algo absolutamente natural. Mulher não atua apenas nas áreas de família ou consumidor, ela também está na criminal e na eleitoral”, acrescentou.
Fonte: BNews

