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Presidente da AMABARRA fala sobre projeto que pode proibir trios: “Barra tem que ser viva, mas não desorganizada”

Um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Salvador (CMS), apresentado pelo vereador Maurício Trindade (PP), quer estabelecer um ordenamento para eventos que aconteçam na orla entre a Barra e Ondina.

A proposta proíbe o uso de equipamentos de som, como carros de som, trios elétricos, mini trios e caixas de som móveis, em festas e manifestações que aconteçam na região.

Para entender o que os moradores pensam sobre o projeto, o Bnews conversou com o presidente da Associação de Moradores e Amigos da Barra (AMABARRA) Waltson Campos. Ele contou que não é contra carnaval, festas de final de semana ou até mesmo corridas, mas que as coisas aconteçam de forma ordenada para respeitar a privacidade dos moradores, em especial as pessoas idosas.

“Começou uma multiplicação de eventos de forma desordenada gerando bloqueio das ruas, poluição sonora. Além disso tira o efetivo de policiais de outros locais para atender aos eventos”, pontuou.

Campos disse ainda que vai haver uma audiência pública no Grande Hotel da Barra no dia 11 de novembro para discutir essas questões e poder chegar a consenso. “Não queremos proibir eventos. Queremos chegar em uma espécie de organização”, salientou o presidente da AMABARRA.

Segundo ele, o carnaval, por exemplo, tomou proporções que o bairro não comporta e não só a Barra, mas Ondina também. “A Barra tem que ser viva, alegre, mas não significa ser barulhenta, desorganizada, suja, bloqueada”, alertou.

O presidente da AMABARRA frisou que o bairro tem sido tomado pela construção de prédios com apartamentos pequenos o qeu acaba atraindo mais turistas que ficam 4 ou 5 dias e não estão preocupados com questões de quem vive a rotina do bairro. Por isso defende que haja um debate amplo para se chegar a um denominador comum.

Sobre o PL de autoria de Maurício Trindade

O projeto determina que os organizadores dos eventos deverão custear segurança privada, limpeza imediata do local, instalação de sanitários químicos e atendimento emergencial de saúde. Já os estabelecimentos comerciais deverão recolher e comprovar a entrega de todas as latas de bebidas consumidas ao poder público ou a entidades credenciadas.

As penalidades previstas no projeto do vereador do PP incluem multas de até R$ 15 mil e apreensão de veículos e equipamentos. Por exemplo, o uso de trio elétrico poderá resultar em multa de R$ 15 mil, enquanto o uso de carro de som pode gerar multa de R$ 5 mil. A fiscalização caberá à Guarda Civil Municipal (GCM), com apoio de outros órgãos da Prefeitura de Salvador.

Na justificativa, Trindade argumenta que a medida proposta por ele tem como objetivo proteger a qualidade de vida dos moradores da Barra e da Ondina, áreas que, segundo o edil, têm sido impactadas pelo aumento de eventos de grande porte deslocados de outras partes da cidade. Trindade cita problemas como acúmulo de lixo, consumo excessivo de álcool, aumento da criminalidade, prostituição infantil e transtornos à mobilidade local, além de prejuízos ao turismo e ao comércio da região.

“Muitos moradores, inclusive idosos e famílias com crianças, têm suas rotinas completamente alteradas por eventos que começam ao amanhecer e se estendem por dias”, afirma o vereador no texto.

Caso aprovado, o projeto deve entrar em vigor 60 dias após a publicação, e pretende reforçar o controle urbano e o ordenamento de eventos em um dos trechos mais turísticos da capital baiana. Atualmente o texto se encontra em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sem data para ser votado.

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Fonte: BNews

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