Pré-candidatos ouvidos pelo portal Política Livre na tarde desta terça-feira (11) rejeitaram a proposta de entregar ao governador Rui Costa (PT) a escolha da candidatura à Prefeitura de Salvador.
Mais cedo, o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) defendeu a ideia de que os partidos da base se reúnam com o petista e passem a ele a decisão de escolher a melhor chapa para disputar o pleito em novembro deste ano.
O gesto favoreceria a major Denice Santiago, cuja filiação ao PT foi articulada diretamente pelo governador. Vale destacar que Nilo apenas não incluiu no movimento o deputado federal Pastor Sargento Isidório, pré-candidato à sucessão municipal pelo Avante.
Para o parlamentar, Isidório é considerado uma peça fundamental para levar a disputa ao segundo turno e ajudar, na visão do governador, Denice a se consagrar nas urnas. Nas últimas pesquisas, a ex-comandante da Ronda Maria da Penha não tem agradado.
A deputada estadual Olívia Santana, pré-candidata pelo PCdoB, não se empolgou com a proposta de Nilo. Para ela, “esta posição beneficia o adversário”. “Na prática, é transformar a eleição em um BaVi, antecipando o duelo no primeiro turno”, disse.
“Também há um impasse de consequência ruim, pois os que sentarão na mesa entendem que o próprio nome pretendente é o melhor. A eleição em Salvador será definida em dois turnos. Nos uniremos no segundo turno”, ressaltou a comunista.
Pelo PSD, Eleusa Coronel, esposa do senador Angelo Coronel (PSD), acredita que “essa decisão de candidatura é um problema interno dos partidos e não ação do governo”.
Apesar das negativas, o deputado federal Bacelar, representante do Podemos, contou à reportagem ser favorável a um diálogo, mas reforçou que a sua pré-candidatura “continua mantida”.
“Conversar com o governador é o que mais desejo. Agora a minha pré-candidatura continua mantida, porque ela atende a uma parcela da população que não tem ecoado em nenhuma das pré-candidaturas”, contou Bacelar.
“Para conversar e atender a um apelo eu estou aberto. Sem restrições. Espero ansiosamente. Eu preciso ouvir. Se eu vou conversar, é porque estou disposto a atender e colocar os meus pleitos, pedir reforço para a minha candidatura. A ideia é boa. A ideia da reunião é muito boa”, avaliou.
A deputada federal Lídice da Mata, do PSB, também foi procurada pelo portal. No entanto, não deu sinal até o momento desta publicação.
Fonte: Política Livre