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Editorial: Flagrante delito

Independentemente de questões moral e legal da origem das cédulas, localizadas em poder do senador Chico Rodrigues, na região glútea, amparadas pela cueca, é inegável o arrojo do parlamentar. O titular do DEM teria utilizado esta parte recortada e recôndita do corpo para poupar, em fracassado exercício de ilusionismo, um montante de R$ 30 mil, ao apostar errado na roupa de baixo como mais confiável, em relação aos estabelecimentos bancários.

Sem alçada para julgar tamanha inventividade, de um ponto de vista fenomenológico, mas cumprindo seu dever como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), teve Luís Roberto Barroso o pudor de pedir o afastamento do intimorato político. O afastamento do senador, seguidor daquele a quem considera “grande líder e presidente do Brasil”, tem validade de 90 dias, quando então caberá ao Senado definir-se pela permanência ou não do parlamentar no cargo para o qual foi eleito por Roraima.

Caberia a acadêmicos do primeiro liceu, onde não entrava quem não soubesse geometria, dedicar-se a precisos cálculos para certificar a proporção entre a quantidade de cédulas e o espaço a elas destinado na intimidade do indigitado. Em hipótese, uma prensa bem calibrada, para achatar ao máximo montes de notas, poderia combinar-se à flacidez de tecidos da cintura, contribuindo ao sucesso do plano, mas a Polícia Federal não se enganou pelo ardil, ao aplicar flagrante perfeito.

Cabe ao senador, doravante, agora dispensado da função de vice-líder do governo, usar as nádegas para a finalidade para a qual foram destinadas, enquanto apuram-se os desvios de emendas parlamentares destinadas a evitar a morte de brasileiros, além dos mais de 152 mil óbitos por Covid.

Vexame pior não poderia esperar o presidente Jair Bolsonaro, após afirmar não haver corrupção no Brasil, exceto se não for sujo o dinheiro encontrado, apesar de esconderijo tão bem escolhido pelo senador.

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–> Fonte: A Tarde

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